domingo, 22 de fevereiro de 2015

Os três reis gordos (ou: e que tal uma dietazinha?)

Foto BLOG MONTELONGO

Ora arreparem-me neste três magníficos exemplares do sexo masculino (a senhora da fotografia que me desculpe, mas desta vez não entra na história, porque não sei quem é e por manifesta falta de peso). Da esquerda para a direita, passo a apresentar: Pompeu Martins, vice-presidente e vereador responsável pelos pelouros da Educação, Cultura, Turismo e Património Cultural, Juventude, Desporto, Arquivo e Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Fafe; Raul Cunha, presidente e responsável pelos pelouros da Administração Geral, Gestão Financeira, Dinamização Económica, Projectos Estratégicos, Acção Social e Saúde, Habitação, Relações Externas e Comunicação da Câmara Municipal de Fafe; Victor (com c) Moreira, vereador responsável pelos pelouros dos Estudos e Projectos de Obras Municipais, Obras Municipais, SIG-Sistemas de Informação Geográfica, Ligação às Juntas de Freguesia, Polícia Municipal, Protecção Civil, Fiscalização e Contencioso, Informática e Comunicações da Câmara Municipal de Fafe. Os três juntos, na balança da serração de Santo Ovídio, hão-de pesar para cima de vinte arrobas, e não estou a meter os pelouros.
Estivéssemos nas Feiras Francas, e os três primeiros prémios já tinham dono. Mas estávamos no Entrudo, na muito bem lembrada Queima do Pai das Orelheiras, e também não é difícil perceber quem foi que as comeu. Todas. E eram muitas. Com batatas, feijão vermelho, olhinhos de couve-galega, seis dentes de alho bem picados e uma inundação de azeite.
Dir-me-ão que estes três simpáticos pesos-pesados, cada qual dentro do seu género, são o melhor reclame que a vitela de Fafe poderia ter, remediando a incompetência da confraria local, que é das batatas fritas, e de pacote. Eu digo que as barrigas dos três autarcas são um mau exemplo para as crianças do concelho e de toda a região norte até Vila Nova de Famalicão ao baixo e Vila Pouca de Aguiar para cima, onde chegam os respectivos umbigos, consoante o lado para onde estão viradas. São barrigas politicamente incorrectas. Falo do assunto porque sei. Eu sou o gordo que falta aos três barrigudos da Câmara para jogarmos à sueca, se eles me passassem cartão, se eu soubesse jogar e se conseguíssemos chegar com as cartas à mesa. Mas eu não preciso de ser exemplo para ninguém. Nem sei, nem quero. Não sou figura pública, não sou eleito. Na verdade, nem sequer sou eleitor. Mas eles, os obesos da autarquia, são políticos, têm responsabilidades perante o seu povo, têm uma imagem a preservar - não é assim que se diz?
Com tantos assessores e adjuntos, e assessores de adjuntos, e adjuntos de assessores, não percebo como é que ainda ninguém pegou nos três e os levou ao espelho. Depois, na próxima, que não se admirem se forem comidos pelo lingrinhas do Eugénio Marinho.

4 comentários:

  1. Ó Hernâni, aquilo não é da comidinha, que eu sei que é muito boa, lá em Fafe. O que os faz assim inchados, tipo barriga de bicho, é o peso da "responsabilidadeeeeee"; 20 pelouros para mim, outros 20 para ti. Toma lá mais um, dá cá mais esse. Eles até que cumprem a recomendação do 'sor dotor´ 50 graminhas de carne por cada ´penacho´ é muita chicha. Que culpa têm eles, de serem assim, tão competentes?

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  2. E o Vi(c)tor Moreira ainda queria comer a parte do Raúl Cunha. Reza a história que o Ribeirinho lhe tinha prometido que seria ele o candidato à autarquia dos fafenses. Ainda estrebuchou, dizem que fez birra, o que não sabemos é se fez beicinho. Será por isso que agora votam os do Rei Ribeiro por um lado e o Vimaranense por outro ou oitro?

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  3. Ah! AH! Ah! (bem sonoros). Há muito que não ouvia a expressão «lingrinhas». Muito nossa.

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  4. :) Inspiradíssimo, Hernâni! Acho que a política tinha mais pinta com estes textos.

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