sexta-feira, 25 de abril de 2014

Devolveram o 25 de Abril ao remetente

Sim, Vasco Lourenço acha que o 25 de Abril é dele. E não é. É nosso. Mas a jovem reformada Assunção Esteves arranjou maneira de que, a partir de hoje, passe ainda a parecer mais que o 25 de Abril é de Vasco Lourenço. Porque as celebrações do Dia da Liberdade, em Lisboa, foram no Carmo e na António Maria Cardoso, e não na Assembleia da República a que o país de pele e osso já há muito voltou as costas. E pôs-se a jeito.
Quando convidou os capitães de Abril e a seguir lhes recusou o direito à palavra, Conceição Esteves não decidiu por ela nem pelo Parlamento nem por nós, limitou-se a seguir as orientações do partido, que queria umas comemorações fofinhas e sobretudo sem desconseguimentos. Mas deu a Vasco Lourenço um protagonismo ainda maior do que se calhar ele queria. Viram as multidões que o abraçaram há pouco na rua? Viram a seca que foi a sessão oficial em São Bento? Percebem onde foi hoje realmente o 25 de Abril?
Na sua imensa graça e falta de jeito, Assunção Esteves devolveu o 25 de Abril ao remetente. Por amor à camisola e sem querer, a presidente da Assembleia da República fez aparentemente justiça. O que é, registe-se, uma salutar espécie de conseguimento.

2 comentários:

  1. Olha...! Finalmente a loura-burra fez algo que preste.
    Gaspar de Jesus

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  2. Conseguimento, alteridade e dialieticamente falando, é mesmo falta de jeito.

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