terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Um pé dentro e outro fora

Deixem-me atalhar caminho: não conheço pessoalmente a senhora doutoranda em direito Celeste Cardona e a senhora doutoranda em direito Celeste Cardona também nunca me viu mais gordo. Além disso: tenho dois irmãos que trabalham desde os 10 anos e, permitam-se, sempre com sucesso, mas os únicos lugares que os chineses lhes ofereceram foram de estacionamento e apenas porque já estavam de saída.
Posto isto, que fique também claro que não invejo o dinheiro que a senhora doutoranda em direito Celeste Cardona vai ganhar para a EDP. Nem lhe invejo o cargo, nem lhe invejo o currículo. Na verdade, a inveja é uma cena que não me assiste. E a culpa é da minha mãe, que nos ensinou assim.
De resto, nutro até uma certa simpatia pela senhora doutoranda em direito Celeste Cardona. É que eu e ela temos esta coisa em comum: estamos ambos fora da política activa. Eu, desde que nasci. A senhora doutoranda em direito Celeste Cardona, desde "há cerca de oito anos". Somos pessoas e pronto. Claro que com a pequenina diferença entre nós de que eu não faço parte da Comissão Política Nacional do CDS.

4 comentários:

  1. Felizmente que esta senhora doutoranda não tem no seu currículo a penhora das instalações sanitárias dos árbitros no Estádio das Antas...

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  2. Serão precisas mais apresentaçoes desta Srª ?????
    Maria Celeste Cardona

    Política portuguesa, Maria Celeste Lopes Cardona nasceu a 30 de junho de 1951, em Aguim, na Anadia, no seio de uma família humilde. Aos sete anos foi para Lisboa com os pais e quando acabou a escola comercial, com 16 anos, foi trabalhar como funcionária administrativa num escritório. Um ano depois entrou para o estaleiro Lisnave para trabalhar no controlo da faturação.
    Quando aconteceu a revolução do 25 de abril, Celeste Cardona estava na Lisnave e, posteriormente, chegou a fazer parte de uma comissão de trabalhadores.
    Entretanto, continuou os estudos com aulas noturnas e entre vários cursos licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito de Lisboa. De imediato, conquistou um lugar como assistente, tendo feito especialização em Direito Fiscal como advogada. A sua atividade como profissional acabou por aproximá-la de Francisco Lucas Pires, dirigente do Centro Democrático Social. Tornou-se militante do partido em 1982, mas inicialmente de um modo discreto.
    Em 1990, surgiu como chefe de gabinete da candidatura de Basílio Horta à presidência da República. Contudo, no ano seguinte, aproximou-se de Manuel Monteiro e afastou-se de Basílio Horta. A partir daí, integrou a Comissão Diretiva, o Conselho Nacional e a Comissão Política do CDS-PP e liderou ainda a Federação Distrital de Lisboa do partido.
    Até 1997, acompanhou Manuel Monteiro dentro do partido, tendo chegado a candidatar-se nesse ano à presidência da Câmara de Sintra. A partir dessa época passou a apoiar Paulo Portas, que entretanto se havia tornado líder do partido. Ainda nesse ano, foi eleita deputada no Parlamento Europeu e cumpriu mandato em Estrasburgo. Entretanto, regressou a Portugal para ser deputada na Assembleia da República e reconciliou-se com Manuel Monteiro, mas em 1999 voltou a aparecer ao lado de Paulo Portas por este, em seu entender, ter promovido a reconciliação do partido.
    No Parlamento, enquanto esteve na oposição, Celeste Cardona destacou-se na discussão do Orçamento e de assuntos fiscais. Mas, quando Paulo Portas a levou para o XV Governo Constitucional, que tomou posse em abril de 2002, foi para desempenhar o cargo de ministra da Justiça. A 17 de julho de 2004, aquando da tomada de posse do XVI Governo Constitucional, liderado por Santana Lopes, foi substituída no cargo por Aguiar Branco.

    Um forte abraço Miguel

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