tag:blogger.com,1999:blog-63148598021237033632024-03-19T00:03:34.390+00:00Tarrenego!Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.comBlogger21329125tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-20608808430420161782024-03-19T00:03:00.000+00:002024-03-19T00:03:00.130+00:00Quem sai aos seusDeixe de ser parvo, disse o palerma. E você deixe de ser palerma, disse o parvo. Palerma é melhor que parvo, disse o palerma. Parvo é que é melhor que palerma, disse o parvo. Quem disse, perguntou o palerma. O meu pai, respondeu o parvo. O seu pai é parvo, disse o palerma. E o seu é palerma, disse o parvo. Mas o meu pai é mais palerma que o seu, disse o palerma. E o meu é mais parvo que o seu, disse o parvo. Mas não é palerma, disse o palerma. Nem o seu é parvo, disse o parvo. Dah!, disse o palerma. Dah!, disse o parvo.Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-19100144696786781482024-03-19T00:02:00.001+00:002024-03-19T00:02:00.126+00:00Carteira profissionalChamado à pedra, protestou: - Eu sou carpinteiro, e vou fazer queixa ao sindicato...<br /><br /><b>P.S. - Hoje é Dia do Carpinteiro ou Dia do Marceneiro ou Dia do Carpinteiro e do Marceneiro. É também Dia do Artesão, Dia do Pai e Dia de S. José, que armou esta confusão toda.</b>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-68287881865107409522024-03-19T00:01:00.000+00:002024-03-19T00:01:00.143+00:00Pais em fuga<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSVWHfXy1VQjlown7219-djBy0G2idVOOzc8lwbeJOa5tl-EEHqf8_3MOC60AjeocEMI7m_Hid-SMmPdbkVi_IzuhbZ0hXWIbTir5yFtiZIDgOXeXAOKSR52NOdtzjd4zrrmdESRCTgXuYcdNAdVQ_xIcVaAeFjA1gVtkHIwIx7DmV1cZr3wlA6SFiEbei/s605/dia%20do%20pai%20corrida.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="605" data-original-width="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSVWHfXy1VQjlown7219-djBy0G2idVOOzc8lwbeJOa5tl-EEHqf8_3MOC60AjeocEMI7m_Hid-SMmPdbkVi_IzuhbZ0hXWIbTir5yFtiZIDgOXeXAOKSR52NOdtzjd4zrrmdESRCTgXuYcdNAdVQ_xIcVaAeFjA1gVtkHIwIx7DmV1cZr3wlA6SFiEbei/s16000/dia%20do%20pai%20corrida.JPG" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto Hernâni Von Doellinger</i></td></tr></tbody></table>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-71081486196700514672024-03-17T09:08:00.008+00:002024-03-17T10:30:04.719+00:00Gorilas da Bruna<p>Bruna é uma youtuber bastante influencer. Elegante, bonita, regularmente recauchutada, famosa por ser famosa, esbanja sensualidade por tudo e por nada e enriqueceu por causa disso. Bruna mal pode sair à rua como as outras pessoas, isto é, põe um pé fora da porta a caminho da piscina por exemplo em Ibiza e multidões de adoradores caem-lhe em cima. Bruna tem milhões de seguidores. De perseguidores. Para fazer uma vida normal, viu-se até obrigada a contratar dois possantes seguranças, ou guarda-costas, à Kevin Costner, ou gorilas, como também se diz, que não a largam um segundo e vão com ela a todo o lado, inclusive à casa de banho por exemplo nas Maldivas. São conhecidos como os gorilas da Bruna.</p>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-61647662532143989292024-03-17T09:07:00.000+00:002024-03-17T09:42:56.003+00:00Dá-lhes música...<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj896VcSiLZK_qCna7mkXI4xXpHl42PXon6P-zfmooHEVc9c5nreXBHyawdbfbUEO8tA9qiEpS-4xTBuiiJ_fB7XWxMDhFbakYDk5Y-HM-tL7Z0vvOTkTGjr42u6wknzktRvSPhC9ouoaLRJ4QhZO1ahcBbyYMOS95osMNAWdUI7cBUSYluF_cQBcDzMzBD/s589/corrida%20dia%20pai%20saxofone.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="589" data-original-width="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj896VcSiLZK_qCna7mkXI4xXpHl42PXon6P-zfmooHEVc9c5nreXBHyawdbfbUEO8tA9qiEpS-4xTBuiiJ_fB7XWxMDhFbakYDk5Y-HM-tL7Z0vvOTkTGjr42u6wknzktRvSPhC9ouoaLRJ4QhZO1ahcBbyYMOS95osMNAWdUI7cBUSYluF_cQBcDzMzBD/s16000/corrida%20dia%20pai%20saxofone.JPG" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto Hernâni Von Doellinger</i></td></tr></tbody></table>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-30467653226203316302024-03-16T00:02:00.000+00:002024-03-16T00:02:00.132+00:00Choque em cadeiaChoque em cadeia envolve 16 visitas, 8 reclusos e 4 guardas prisionais.Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-47668494442821494392024-03-16T00:01:00.006+00:002024-03-16T07:30:33.158+00:00La poubelle, for her<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhskvCUFR6Sspnk5Cy8Bqqc5EvicpQiqG1ARQPTEyyH4kuPAYO2dnelSoqHGsrVr_my1Hc6bNzpLVjZ40-TaLvKDujME_9p-a2tiNfhaq2j5n72IBaizo4RV9b7KxBsYZbtHQ3P4bfygS0p445w9-ZijMR2UxJNpeRCGG9HGq8XfCyzlgC7OU3F11wOr1b_/s640/povoa%20varzim.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhskvCUFR6Sspnk5Cy8Bqqc5EvicpQiqG1ARQPTEyyH4kuPAYO2dnelSoqHGsrVr_my1Hc6bNzpLVjZ40-TaLvKDujME_9p-a2tiNfhaq2j5n72IBaizo4RV9b7KxBsYZbtHQ3P4bfygS0p445w9-ZijMR2UxJNpeRCGG9HGq8XfCyzlgC7OU3F11wOr1b_/s16000/povoa%20varzim.JPG" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto Hernâni Von Doellinger</i></td></tr></tbody></table>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-78363830407751156782024-03-15T00:04:00.001+00:002024-03-15T00:04:00.134+00:00Prò menino e prà menina<p>Bimba e lola para senhora, bimbo e lelo para homem. Nos trinques!</p><p><b>P.S. - Hoje é Dia Mundial dos Direitos do Consumidor.</b></p>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-60311723318437347932024-03-15T00:03:00.000+00:002024-03-15T00:03:00.141+00:00O dia em que envelheci<div style="text-align: left;">Sei muito bem o dia em que envelheci. Foi de repente. Sei o ano, sei o mês, sei o dia e até sei a hora, mas tanta exactidão não vem aqui ao caso. Sei o local e sei as circunstâncias. Foi no Hospital de Gaia, numa consulta de medicina do sono, creio que a coisa se chamava ou chama assim. A dado passo da bateria de exames e do minucioso inquérito, a médica perguntou-me, surpreendentemente: - Quando era novo, o Sr. Américo já sentia este cansaço?..</div><div style="text-align: left;">Eu ia caindo de cu. Primeiro. Esta mania de me tratarem pelo meu primeiro nome, Américo, nas consultas e, em geral, em todos os serviços públicos ou privados que exigem a competente apresentação de credenciais. Não sei, chamam-me Américo e eu, que estou tão habituado a chamar-me Hernâni, procuro sempre outro indivíduo ao meu lado, no meu próprio lugar. Sinto-me outra pessoa, um estranho de mim mesmo. Tratar-me por Américo é um privilégio que está reservado ao meus companheiros da escola primária, em Fafe, e mesmo com esses poucos que ainda se lembram de mim nunca sei se é comigo que estão a falar quando falam comigo. Segundo. "Quando era novo", disse ela. Quando era novo?! Porra, eu ainda sou novo, tentei corrigir gentilmente a senhora doutora, atirando ao ar duas ou três larachas e apanhando-as, a todas, sem deixar cair, disparando-me da marquesa num acrobático salto encarpado, com duas piruetas à retaguarda. </div><div style="text-align: left;">Mas não adiantou. Pelo contrário. A doutora insistia, parecia-me agora que com algum prazer, com uma certa maldade, "quando era novo" para aqui, "quando era novo" para ali, "quando era novo" acima, "quando era novo" abaixo, e quem sou eu para contrariar o veredicto da medicina, a sábia decisão da ciência? </div><div style="text-align: left;">E foi assim. Nesse dia, naquele preciso momento, fiquei velho para toda a vida, por indicação médica e sem remédio. Eu acabara de fazer 41 anos.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><b>P.S. - Hoje é Dia Mundial do Sono.</b></div>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-51678817696020030622024-03-15T00:02:00.001+00:002024-03-15T00:02:00.128+00:00Alto e bom somHomem que é homem não dorme. Ressona.Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-56786542487301057442024-03-15T00:01:00.000+00:002024-03-15T00:01:00.155+00:00O injusto sono dos justos<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivZIx_dbsVjZya2PdGToFdVMY0yOzI0T1iRGEDZwaR6dX3Q6jt0Vfiv6b8pd28omsDxPbM-2SvrseUX8Us12zMJ70zZ_jyNF3c3L5enYpI0tsrP4A1RQh4TnROojcyHuZgU1w94fg8BD-3kreSwtUl26qKbGmPMTOL94aFPP_xkBawfJwrVlan2bHTgwvl/s578/matosinhos%20passeio%20atlantico.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="447" data-original-width="578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivZIx_dbsVjZya2PdGToFdVMY0yOzI0T1iRGEDZwaR6dX3Q6jt0Vfiv6b8pd28omsDxPbM-2SvrseUX8Us12zMJ70zZ_jyNF3c3L5enYpI0tsrP4A1RQh4TnROojcyHuZgU1w94fg8BD-3kreSwtUl26qKbGmPMTOL94aFPP_xkBawfJwrVlan2bHTgwvl/s16000/matosinhos%20passeio%20atlantico.JPG" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto Hernâni Von Doellinger</i></td></tr></tbody></table>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-43757767127905270172024-03-14T16:30:00.000+00:002024-03-14T16:30:12.272+00:00O Chega já manda<p>Hoje é Dia Branco. Merda de eleições! Isto já é o Chega a mandar...</p>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-24315416488494266172024-03-14T16:29:00.000+00:002024-03-14T16:30:00.545+00:00Ordem unida<p>A incontinência urinária, tomem bem sentido, não é uma cortesia militar!</p><p><b>P.S. - Hoje é Dia Mundial da Incontinência Urinária.</b></p>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-25365990562433392582024-03-14T11:01:00.000+00:002024-03-14T11:01:03.815+00:00Orlando Castro no Mar de Letras<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNuptO9odEHaQSZEsb2fV1BMlfmGxkr645TGfe63J2C5TbGTKUat9a_5V4sNL1NE1Cc6a5SRWs3WByfqTmxO1s8jyvPVkyGOww6hWuK8kywsqU55S3n2Nk_yQCeNKIw-sdNM-gGGNvOISKOSG8y1uk0-svH_jxL_mbLNkc1HXVHKMtbJSjsrYmxR3RuysY/s320/44944_71911_56548.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNuptO9odEHaQSZEsb2fV1BMlfmGxkr645TGfe63J2C5TbGTKUat9a_5V4sNL1NE1Cc6a5SRWs3WByfqTmxO1s8jyvPVkyGOww6hWuK8kywsqU55S3n2Nk_yQCeNKIw-sdNM-gGGNvOISKOSG8y1uk0-svH_jxL_mbLNkc1HXVHKMtbJSjsrYmxR3RuysY/s16000/44944_71911_56548.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto RTP</i></td></tr></tbody></table><br />O jornalista e escritor Orlando Castro é convidado do programa Mar de Letras, da RTP África, no próximo dia 20 de Março, quarta-feira, pelas 21h30. "Saiu de Angola, mas Angola não saiu dele e é a este país que regressa nos seus escritos. Orlando Castro está de regresso ao Mar de Letras com um livro de poesia, marcado pela dor dos tempos em que foi obrigado a deixar o seu país, e com um livro de vivências pessoais com a UNITA, incluindo com Savimbi. Uma conversa a não perder", recomenda a RTP.Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-47670341432801013372024-03-13T13:27:00.004+00:002024-03-13T13:56:07.168+00:00Capitão da areia<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIXQFWNWDZlCFU_Al_prrlfBhA5sI01J9_B2AYOlvjFsGO4mGFW7JLpft8IyMzijHF1wySSLc70PUOCL_T-hJxJh3nxf4g4RfL_PBPku0OhtpTgYR2g1CQaFoicVZhCY3a3jRyEtiCuDQbe4dTZnwnd6UzMt61YTACriquMcLmRPvG1PJ9VHQeyKZWDzu1/s640/praia%20matosinhos.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIXQFWNWDZlCFU_Al_prrlfBhA5sI01J9_B2AYOlvjFsGO4mGFW7JLpft8IyMzijHF1wySSLc70PUOCL_T-hJxJh3nxf4g4RfL_PBPku0OhtpTgYR2g1CQaFoicVZhCY3a3jRyEtiCuDQbe4dTZnwnd6UzMt61YTACriquMcLmRPvG1PJ9VHQeyKZWDzu1/s16000/praia%20matosinhos.JPG" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto Hernâni Von Doellinger</i></td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O Sr. José Leocádio morreu, diz o <a href="https://www.publico.pt/2024/03/13/local/noticia/morreu-senhor-batatinha-figura-iconica-praias-porto-2083507">jornal</a>. Mas decerto não. Cromos assim, tão presentes, que vazaram gerações atrás de gerações, ficam-nos para sempre. Figura emblemática do Porto, almirante por conta própria, maratonista estival das praias da Foz e Matosinhos, o velho Renault estacionado na avenida e a buzina de palhaço avisando lambões no meio do areal - Ó batata frita à inglesa, batatinha!...</div><div style="text-align: left;">Diz que tinha 82 anos, setenta dos quais no ofício de vendedor ambulante. No Inverno, estabelecia ponto de castanhas assadas, na Rotunda da Anémona, onde Porto e Matosinhos se cumprimentam com vista para o mar.</div><div style="text-align: left;">Fomos praticamente vizinhos. Isto é, morei na Rua Pêro de Alenquer, na Foz, quase em frente ao sítio onde o Sr. José tinha morado uns anos antes. Mas a minha mulher frequentara-lhe a casa, em miúda. E provava sempre as batatinhas, que eram mesmo caseiras, fritas todos os dias logo desde a manhãzinha. Que boas que elas eram, as batatas antigas! Mas quê? É como tudo: o que era bom, está-se a acabar... </div><p></p>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-17784467696116693362024-03-13T00:02:00.002+00:002024-03-13T08:17:13.465+00:00A apoteose dos campeões de Limoges<div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 1px solid rgb(237, 237, 237); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.1) 1px 1px 5px; color: black; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; margin-bottom: 0.5em; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 5px; position: relative;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvnV1A-ft8UpNwSpgIBLReddzAXbNPG2krPavXi58XwDjFeZkcBkRRCP5sW_xYyEYqLB6nTkZg1wAYFybDD6X5_BD33UuE9z1lVTs_i7WOMFMduB1G-cQY5O19xO3r77H13qfHN8UWSBxhQ5DJrYqTSKhBeYE_d1Jw3RKSpk4Obz5tO45fj4oaeFKIP73f/s640/david%20alves%20fc%20porto%20-%20C%C3%B3pia.jpg" style="color: #2c54ff; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvnV1A-ft8UpNwSpgIBLReddzAXbNPG2krPavXi58XwDjFeZkcBkRRCP5sW_xYyEYqLB6nTkZg1wAYFybDD6X5_BD33UuE9z1lVTs_i7WOMFMduB1G-cQY5O19xO3r77H13qfHN8UWSBxhQ5DJrYqTSKhBeYE_d1Jw3RKSpk4Obz5tO45fj4oaeFKIP73f/s16000/david%20alves%20fc%20porto%20-%20C%C3%B3pia.jpg" style="background: transparent; border: none; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.1) 0px 0px 0px; padding: 0px; position: relative;" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="font-size: 10.56px; text-align: center;"><i>Foto enviada por José Freitas</i></td></tr></tbody></table><br /></div>José Freitas teve a amabilidade de enviar-me esta extraordinária "lembrança de David", assim lhe chamou, provavelmente na sequência das minhas mais recentes publicações sobre guarda-redes, <a href="https://tarrenego.blogspot.com/2024/02/sainde-da-frente.html">aqui</a> no Tarrenego! e no meu outro blogue, <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2024/02/na-baliza-sem-presuncao-de-inocencia.html">Fafismos</a>, onde faço questão de enfatizar a personalidade e os ensinamentos do saudoso David Alves. O David, como já contei, fez a sua formação futebolística nos juniores do FC Porto, pelo menos entre 1964 e 1966, acamaradando com craques da categoria de Pavão, Lázaro, Rendeiro, Sérgio Vilarinho, Arlindo, Ernesto, Belo, Alberto, Alípio, se não estou em erro, e Sousa, com quem dividia a baliza, entre outros. Nesta histórica fotografia, de que desconheço o autor e as circunstâncias, mas que agradeço penhoradamente ao José Freitas, o nosso David é o primeiro à esquerda, obviamente de pé.<br /><br />Até aqui, já nós sabíamos. O texto acima contei-o há dias, sob o título "Lembrando David Alves". Mas há mais. Mais a dizer sobre esta icónica fotografia, que eterniza a equipa de juniores do FC Porto que venceu o prestigiado Torneiro Internacional de Limoges, França, em Maio de 1966, e que foi oferecida pelo próprio David, com dedicatória, "ao devotado portista e amigo Calvelos", isto é, ao nosso Zeca Calvelos, que é nada mais nada menos que o José Freitas que agora, quase 58 anos depois, teve a feliz ideia de no-la enviar. Ali estão, creio não haver engano, da esquerda para a direita, de pé: David, Orlando, Alberto, Bastos, Almeida, Lourenço e Sousa. E em primeiro plano, no mesmo sentido, de joelhos: Luís Pereira, Ricardo, Zé Carlos, Miranda e Lázaro. O treinador seria certamente, por aquela altura, o mítico Artur Baeta.<br />O FC Porto sagrou-se campeão da quinta edição do famoso torneio francês após vencer, na final, o FC Barcelona. Foi a primeira grande conquista internacional do clube no futebol de formação, e a cidade recebeu os seus rapazes como heróis. Em autêntica apoteose. Como que adivinhando o que haveria de ser o futuro normal, a Baixa encheu-se de uma multidão de adeptos portistas em delírio.<br />"No dia do regresso a casa, o triunfo valeu uma grande recepção na Estação de São Bento, um cortejo na Avenida dos Aliados e uma cerimónia na antiga sede do clube, onde hoje se localiza o Axis Porto Club Hotel. Tamanha celebração sublinhou ainda mais a importância da conquista dos jovens futebolistas, a quem a organização da prova complicou bastante a vida", faz notar, actualmente, a informação oficial do FC Porto. A taça arrecadada, que por acaso é um jarro certamente da mais fina porcelana, ou não fosse de Limoges o torneio, é bem bonita e pode ser visitada no museu.Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-68970043906953872312024-03-13T00:01:00.002+00:002024-03-13T00:01:00.199+00:00Em torno da mobilidade<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14.85px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKtIxb8TtpzMBq40Yq1ojODvsHsmsC_0aYbuZayEowW54gP65YtTPeZhWq-kd_887Rrwl0-3gbBB1B4-Ous06bjY_DS02FBJJ27AJPnaYJKVZhjBKxpAFRsVfXAm08rnPoYhtoNFwnXds6lQa4DrLvD4Teus1fGkFzVi8mc4MW5Q9OvDUcI_AKkKAi44qz/s538/livro.jpg" style="color: #336699; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;"><img border="0" data-original-height="538" data-original-width="480" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKtIxb8TtpzMBq40Yq1ojODvsHsmsC_0aYbuZayEowW54gP65YtTPeZhWq-kd_887Rrwl0-3gbBB1B4-Ous06bjY_DS02FBJJ27AJPnaYJKVZhjBKxpAFRsVfXAm08rnPoYhtoNFwnXds6lQa4DrLvD4Teus1fGkFzVi8mc4MW5Q9OvDUcI_AKkKAi44qz/w286-h320/livro.jpg" style="border: none; position: relative;" width="286" /></a></div><div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14.85px;"><br /></div>Maria Beatriz Rocha-Trindade vai a Fafe apresentar o seu mais recente livro, "Em Torno da Mobilidade - Provérbios, Expressões Idiomáticas e Frases Consagradas". É já amanhã, quinta-feira, dia 14 de Março, pelas 18 horas, no Auditório do Arquivo Municipal de Fafe. E a entrada é livre.<br />Socióloga, professora catedrática na Universidade Aberta, onde fundou, em 1994, o Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Maria Beatriz Rocha-Trindade é considerada a introdutora em Portugal do ensino da Sociologia das Migrações.<br />Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-72015547232079055752024-03-12T00:01:00.055+00:002024-03-12T00:01:00.132+00:00Artur Jorge, o circunspecto<div style="text-align: left;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgECLoskDdy1lTK2nMxWVu3oGmkPAgSKbmbHz760Ddgzn3g2fOEuSYT4mMKXWsPIG5Rj5asXcnBT6YUmbn3FanHRKoqP3yKy-Pu-wK9uLoOVToSIZ87i1oYnIkaFbuNG5WgyDM5O4KEbO0vcIWsVik0Zimyv_eY27jStWbpZ-KTQjt1b9I_IH0XkSDu3ecQ/s775/artur%20jorge%20lusa.webp" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="425" data-original-width="775" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgECLoskDdy1lTK2nMxWVu3oGmkPAgSKbmbHz760Ddgzn3g2fOEuSYT4mMKXWsPIG5Rj5asXcnBT6YUmbn3FanHRKoqP3yKy-Pu-wK9uLoOVToSIZ87i1oYnIkaFbuNG5WgyDM5O4KEbO0vcIWsVik0Zimyv_eY27jStWbpZ-KTQjt1b9I_IH0XkSDu3ecQ/w400-h219/artur%20jorge%20lusa.webp" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto Lusa</i></td></tr></tbody></table><br />Antigamente não havia Liga Revelação nem equipas B, tínhamos, era, às quartas-feiras à tarde, o campeonato de reservas. Nas reservas jogavam os mais fraquinhos da equipa principal, que raramente entravam em campo ao domingo, duvidosas aquisições à experiência, ex-lesionados em fase final de recuperação e jovens promessas recrutadas aos juniores para fazerem número. Não existia treinador das reservas. A equipa era, por assim dizer, orientada pelo treinador do primeiro time, que geralmente delegava num dos seus adjuntos. Lembro-me vagamente de jogos de reservas em Fafe, ainda no tempo do <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2022/08/e-tudo-comecou-no-campo-da-granja.html">Campo da Granja</a>, mas sobretudo do FC Porto, quase duas décadas mais tarde, no campo de treinos n.º 1 do Estádio das Antas, entalado entre as costas da "maratona" e a zona de pavilhões e piscina, onde passei tardadas a ensinar portismo ao meu filho recém-nascido. Muitos dos grandes craques azuis e brancos, futuras estrelas mundiais, vi-os ali em início de carreira, ou, em todo o caso, antes da afirmação definitiva, medindo forças desiguais com as poderosíssimas equipas do Senhora da Hora, do Candal, do Infesta ou, vá lá, do Salgueiros, do Leixões ou do Boavista.<br />Uma vez, <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2024/02/artur-jorge-e-o-jornalista-que.html">Artur Jorge</a> era treinador do FC Porto e foi para o banco num desses jogos de reservas. A certa altura do encontro, resolveu fazer uma substituição e deu ordens a um jogador para aquecer. O jogador, e nem lhe recordo o nome, tirou o blusão para vestir a camisola, colocou as caneleiras com adesivo e tudo, puxou as meias para os joelhos, calçou-se e estava a começar a atar os cordões das chuteiras quando o treinador olhou para trás, estendeu o dedo apontando dali para fora e mandou-o tomar banho, isto é, recolher aos balneários, assim a frio. Alteração táctica na substituição? Nada disso. Apenas castigo. Artur Jorge, que não raras vezes fazia substituições logo nos primeiros minutos de jogo, se pressentia alguém em dia não ou a dormir na forma, queria os seus homens sempre prontos para o que desse e viesse. Preparados e alerta, permanentemente disponíveis para o imediatamente. Mesmo os que ficavam no banco, que era local de trabalho. Isso. O banco de suplentes, com Artur Jorge, não era beira de piscina.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Artur Jorge era homem de poucas falas. Distante, dizia-se. Exigente, duro, mantinha realmente distância em relação aos seus jogadores, que fazia questão de só "conhecer" no emprego, isto é, no balneário e no campo. De resto, nada de convívio, nada de confianças. Cá fora, na vida real, até os cumprimentos só se fossem por telepatia. Era assim nas Antas, onde os vi chegar e sair, treinador e jogadores, tantas e tantas vezes, passando um pelos outros como se nem os visse. Tinha sido assim na sua época de Vitória de Guimarães, como adjunto ou treinador de campo de José Maria Pedroto, por volta de 1980, se não estou em erro. O Vitória <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2023/08/portugal-num-guardanapo.html">ia regulamente treinar a Fafe</a>, às vezes, na preparação de jogos nocturnos, ia ao final do dia, daqueles dias curtos e agrestes do antigo Inverno minhoto, acendia-se a iluminação que havia, fraquinha mas de boa vontade, e o Estádio ficava à média-luz, como se fosse casa de fado. Eu por acaso até gostava. Artur Jorge no meio do pelado, voz potente e rara, explicando a jogada, corrigindo posições, dando nas orelhas aos jogadores enregelados, e mestre Pedroto seguindo o treino da bancada, de pé, bem agasalhado, à civil, contando piadas finas para a corte babada à sua volta, palavra de honra. O deus Pedroto. Chamavam-lhe então <i>manager</i>. E eu achava que deviam ir chamar <i>manager</i> a outro...</div>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-84378092219317093382024-03-11T00:02:00.001+00:002024-03-11T00:02:00.133+00:00Salão António-Pedro Vasconcelos<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjODm10wAaqwmyCAGcODrr45HAA_uHrZ8Gy4twno8pjPinuaBdyt4o-L-Apeo38YxBi4zmffHzZER0zMoSjmZbcZzrWg9BZ-i2FaPRyGeOP3xlcoi-c9BrVFE68t0lESuvgmJUM-d0N4ncHe0K9VWTEuyEKzwh9uIga7W5K6VLxzU9A3fmSMigNtLWegRMU/s539/antonio%20pedro%20vasconcelos.PNG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="326" data-original-width="539" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjODm10wAaqwmyCAGcODrr45HAA_uHrZ8Gy4twno8pjPinuaBdyt4o-L-Apeo38YxBi4zmffHzZER0zMoSjmZbcZzrWg9BZ-i2FaPRyGeOP3xlcoi-c9BrVFE68t0lESuvgmJUM-d0N4ncHe0K9VWTEuyEKzwh9uIga7W5K6VLxzU9A3fmSMigNtLWegRMU/s16000/antonio%20pedro%20vasconcelos.PNG" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto FafeTV</i></td></tr></tbody></table><p></p><div>Era uma vez, há doze anos, manifestei a minha mais simplória estranheza derivada ao facto de Fafe, a minha terra, ter perfilhado o cineasta portuense Manoel de Oliveira e até lhe ter dado de prenda uma sala de cinema, isto é, ter dado o nome de Manoel de Oliveira à Sala Manoel de Oliveira do Teatro-Cinema de Fafe. Não percebi de onde é que se desencravou a extraordinária ideia, a eventual razão da coisa, que relação haveria ali, e até <a href="https://tarrenego.blogspot.com/2012/03/sera-do-cu-sera-das-calcas.html">escrevi na altura</a>: "ainda me hei-de rir quando (e se) conseguir perceber porquê".</div><div>Ainda não percebi. Estou há doze anos sem me rir, e tanta seriedade já me faz diferença.</div><div>O cineasta António-Pedro Vasconcelos, aliás APV, ali em Cima da Arcada na melhor companhia do mundo, com o <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2023/11/cimeira-de-alto-nivel-em-fafe.html">Senhor Francisco Oliveira</a>, nasceu em Leiria e viveu geralmente em Lisboa, mas vinha amiúde e em miúdo a Fafe,<span style="color: #050505; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;"> "onde tinha e tem família", segundo leio e ouço na <a href="https://www.fafetv.com/post/faleceu-o-cineasta-ant%C3%B3nio-pedro-vasconcelos-que-considerava-fafe-a-sua-segunda-terra">FafeTV</a>. Em 2015, homenageado na </span><span style="color: #050505; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;">quinta edição do Fafe Film Fest, e a fotografia há-de ser certamente dessa ocasião, APV, o cineasta que queria que as pessoas vissem cinema, fez questão de dizer, coisa linda: </span><span style="color: #050505; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;">"Nasci, acidentalmente, em Leiria, mas considero-me um homem do Norte e, em particular, de Fafe, terra onde vivi parte da minha infância".</span></div><div><span style="color: #050505; font-family: inherit;"><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;">Perante tamanho confessamento de fafismo, que eu, verdade seja dita, por acaso até desconhecia, a benemerente Câmara de Fafe, se deu ao outro uma sala, ao outro que não nos pertence, que não nos é nada, a este, ao António-Pedro, que se reclamava nosso, de borla, e por isso é efectivamente nosso, com todo o direito, tem de dar pelo menos um salão. Isso, um salão, nem que seja ao ar livre. Até estou a ver, com luzinhas e estrelinhas a acender e a apagar, no meio do Largo, música de </span></span>John Williams,<span face="Poppins, "Helvetica Neue Light", "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, "Lucida Grande", sans-serif" style="background-color: #fafafa; color: #414749; font-size: 16px; font-weight: bolder;"> </span><span style="color: #050505; font-family: inherit;"><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;">passadeira vermelha e holofotes à </span></span><span style="text-align: justify;">Hollywood apontando ao céu:</span><span style="color: #050505; font-family: inherit;"><span face="arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #5f6368; font-size: 14px; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: bold;"> </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;">"Salão António-Pedro Vasconcelos"...</span></span></div><div><span style="color: #050505; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit; text-align: justify; white-space-collapse: preserve;">Ou então que mandem o APV para a bicha, como fizeram com o escritor também nosso <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2024/01/o-fafense-joao-ubaldo-ribeiro.html">João Ubaldo Ribeiro</a>.</span></div><b><br />P.S. - A sala de cinema do Teatro-Cinema de Fafe devia chamar-se, por exemplo, <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2023/12/o-meu-velho-cinema-paraiso.html">Sala Dona Laura Summavielle</a>. Mas para saber disso é preciso ser-se de Fafe desde pequenino...</b><div><b><br /></b></div><i>(Publicado originalmente no meu blogue <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/">Fafismos</a>)</i>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-86080192885077663652024-03-10T00:03:00.028+00:002024-03-10T09:12:07.377+00:00Cabeças brilhantes<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">Ele abriu um cabeleireiro para carecas. Serviço completo! Lavava, encerava e puxava o lustro.</span></span><div><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">E já agora, que estou com tempo, uma vez que votei no outro domingo, vamos ao seguinte: </span></span>"Cabeleireiro masculino". Olho para o reclame, "Cabeleireiro masculino", e fico sempre naquela, coçando a cabeça. Mas quê, será masculino porque é homem? Ou será masculino porque atende homens, isto é, barbeiro? E se o cabeleireiro masculino for mulher, não deveria dizer-se, sem ofensa, cabeleireira masculina? E se o cabeleireiro for feminino, o que é que temos a ver com isso? E se o barbeiro for mulher, não vamos mais longe, porque é que não é barbeira? E em caso de indefinição ou escolha múltipla, coisa absolutamente natural, poderá ser, por exemplo, barbeire? Cabeleireire? São problemas assim, arrepiantes, de porem os cabelos em pé, que de facto me afligem - quero lá saber das eleições, do ódio, do racismo, da xenofobia, do sexismo e dos fascismos e nazismos de todos os feitios. Viva Portugal!</div>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-70917871691698061182024-03-10T00:02:00.003+00:002024-03-10T00:02:00.166+00:00Naturalmente platinadoLi em algum lado que hoje é Dia Internacional da Peruca. E também é Dia Internacional da Gaita-de-Foles, isso é certo, e Dia do Sogro. Mas, para mim, Dia da Peruca é que é. E eu levo estas coisas muito a sério (ou muito à séria, se lido em Lisboa). Portanto, se me virem hoje, eu sou aquele loiro alto e largo, com cabeleira à Marilyn.Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-66543751811411497532024-03-10T00:01:00.002+00:002024-03-10T00:01:00.173+00:00Orgulhosamente ao léu<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8wWqVi74IxnDP7sbZ99HaaV6TlmiLYcu9P9LRN9pBbhbFCKS8ao-_iqIzNI1GkVVEdXxN4grW6snCLGebEZTQDQ8VOfN_XBxQVmggDXBl2TxdjRuTAKj8UUBnfdE-Y6orgEDZd0tawRWnpyNNKLznDqr2oyEhQM0BARyWMdYWMuLOSCD0a0zyVcT6WA/s572/anemona%20matosinhos.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="572" data-original-width="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8wWqVi74IxnDP7sbZ99HaaV6TlmiLYcu9P9LRN9pBbhbFCKS8ao-_iqIzNI1GkVVEdXxN4grW6snCLGebEZTQDQ8VOfN_XBxQVmggDXBl2TxdjRuTAKj8UUBnfdE-Y6orgEDZd0tawRWnpyNNKLznDqr2oyEhQM0BARyWMdYWMuLOSCD0a0zyVcT6WA/s16000/anemona%20matosinhos.JPG" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto Hernâni Von Doellinger</i></td></tr></tbody></table>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-26855976880938193952024-03-09T15:22:00.000+00:002024-03-09T15:22:47.529+00:00Posso pedir um disco?Vinham o padre, o presidente da câmara, o chefe da polícia, o sargento da GNR, o Emplastro, o comandante dos bombeiros, a fanfarra dos escuteiros, uma gaiola com pombas brancas, o André Ventura e o director da prisão. Parecia a procissão da Senhora de Antime parando em frente à Câmara, <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2022/09/meu-rico-menino.html">meu rico menino</a>. O carcereiro, que vinha também, desatarraxou a porta da cela e o director da prisão, pausado e solene, com voz de locutor de rádio, informou o condenado: - Tens direito a um último pedido. O condenado pensou um bocadinho e disse: - Pode ser o "Sete e Pico", do Conjunto António Mafra?...<br /><br />Agora a sério. Isto é, à séria, se inadvertidamente lido em Lisboa. A primeira jukebox de todos os tempos entrou em funcionamento no "saloon" Palais Royale, de São Francisco, EUA, no dia 23 de Novembro de 1889. A Fafe, as primeiras jukeboxes deverão ter chegado no final da década de sessenta do século passado, com as barracas de matraquilhos que se instalavam por baixo da Arcada, mais central era impossível, pelos 16 de Maio e pelas Festas da Vila. Havia um brilhantíssimo grupo de jovens fafenses, mais velhos do que eu, que dava excelente uso à novidade. Dessa malta porreira fariam parte, se não me engano, o <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2022/08/quero-denunciar-o-meu-pai.html">Berto Dantas</a>, o tio, o Eduardo do Retiro, o Mesquita, creio que o Mané, o Dr. Mané, o Jorge Lem, se era assim que se chamava, o Jorge Barros, filho do <a href="https://defafecommuitogosto.blogspot.com/2022/08/nelo-barros-treinador-e-cavalheiro.html">Nelinho</a>, bissextamente o Ginho Cardoso e não tenho a certeza se o Bi Valente, gente assim desta categoria, e estou decerto a esquecer alguém ou alguéns e a confundir nomes. Eu admirava muito estes tipos cheios de classe, seguia-os sempre que podia, distâncias à parte, uma vez até me levaram com eles para um jogo de futebol que foram fazer a Felgueiras e no fim ainda tiveram a bondade de convidar-me para a almoçarada na Juditinha, evidentemente depois do Bertinho ter pedido por mim à minha mãe.<br />Mas tornando à maquineta dos discos, que mais tarde haveria de exibir também videoclipes, aliás de muito duvidosa qualidade, artística e técnica. Aquela rapaziada, já com algum mundo, tinha fino gosto musical e conhecia o que, regra geral, em Fafe ainda não se sabia. Acredito que me educaram o ouvido, entre alguns outros a quem o devo. A escolha na jukebox era muito limitada, pindérica, a ementa ao dispor consistia quase só naquilo a que hoje costumamos chamar música pimba. "O autocarro do amor" - de "Os Taras" e Montenegro, por onde andava um moço chamado Quim Barreiros - tocava de manhã até à noite, num despique fratricida e interminável com "Eu te amo, meu Brasil", de "Os Incríveis". Uma xaropada insuportável, um atentado às orelhas de qualquer um, nem que não as tivesse ou por mais moucas que elas fossem. A minha sorte é que os rapazes do bando do Bertinho, chamemos-lhes assim, faziam questão de destoar da ignorância geral e caprichavam na evangelização, pondo a tocar, de forma paciente e cirúrgica, Beatles obrigatoriamente, "Aquellos ojos verdes", por Nat King Cole, que eu desconhecia, tenho vaga ideia também de um clássico de Sinatra, não sei qual, lembro-me da poderosa versão de "I'm free", da ópera rock Tommy, dos The Who, com a London Symphony Orchestra, e sobretudo, e estou-lhes tão grato por isso, ensinaram-me a inestimável "<a href="https://www.youtube.com/watch?v=E9md5oW00q4">Eloise</a>", de Barry Ryan, que ainda hoje me regala.<div><br />Assim que tal, as festas acabavam, as barracas eram desfeitas, as jukeboxes iam-se embora e a minha vida entristecia. Sobrava-me o rádio e Quando o Telefone Toca, do Matos Maia, e era preciso dizer a frase...<br />Por outro lado. Os matraquilhos foram inventados pelo galego Alexandre Campos Ramires ou Alexandre de Fisterra, que também era editor e escritor. O nome mais bonito dos matraquilhos é, digo eu, pseberico. Assim se falava pelo menos em Fafe.</div><div><br /></div><div><b>P.S. - Hoje é Dia Internacional do DJ.</b></div>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-15713044728489638352024-03-09T00:04:00.001+00:002024-03-09T00:04:00.139+00:00Acto irreflectidoHoje é dia de reflexão tendo em vista o acto eleitoral de amanhã. E um dia assim não podia ser mais oportuno nem de maior utilidade. Sobretudo para as pessoas que, como eu, votaram <a href="https://tarrenego.blogspot.com/2024/03/agora-estragai.html">no passado domingo</a>.Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6314859802123703363.post-70081700852811847412024-03-09T00:02:00.002+00:002024-03-09T00:02:00.138+00:00Hoje é um dia muito importante e amanhã ainda mais<span face="Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif" style="background-color: white;">Hoje, 9 de Março, é um dia muito importante para todos nós. Hoje é o Dia Internacional do DJ, isto é, o dia do rapaz (ou rapariga) que põe a música. Amanhã, se Deus quiser, há-de ser um dia ainda mais importante para todos nós. Amanhã, 10 de Março, é o Dia da Gaita-de-Foles, da Peruca, do Telefone, das Juízas e do Sogro, isto é, o dia do pai do rapaz (ou rapariga) que põe a música, em relação à rapariga (ou rapaz) com a (ou o) qual o rapaz (ou rapariga) que põe a música se casou ou ajuntou. É extraordinário, isto realmente anda tudo ligado...</span>Hernâni Von Doellingerhttp://www.blogger.com/profile/17697968280095354552noreply@blogger.com0