sábado, 8 de fevereiro de 2020

Eduardo Pondal 6

Meniña, rapaza nova,
Ou rosa de Corcoésto;
Que te brandéas con grácia,
Os doces sopros do vento:
S' hé certo que por tí vivo
S' hé certo que por tí peno;
Se tan doce é dadivosa,
Como dín que és, hé certo;
Cúrame, ou rapariga,
Estas suidades que teño:
Estas suidades da alma,
De non sei qué, que padezo;
Ti tés dos meus males a doce manciña,
Ou rosa de Corcoésto.

"Queixumes dos Pinos",  Eduardo Pondal

(Eduardo Pondal nasceu no dia 8 de Fevereiro de 1835. Morreu em 1917.)

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