sábado, 14 de julho de 2018

Agora sim, o Mundial! 13

Foto Hernâni Von Doellinger

O processo
- Olhe que eu meto-lhe um processo!
- Defensivo ou ofensivo?
- De transição...

Já me tinhas dito
E diz o comentador, no final do jogo do campeonato inglês: "Vitória mais que justa da equipa que não reunia qualquer tipo de favoritismo". Sim, é verdade, ele há favoritismos das mais variadas espécies. Mas quase nunca reúnem.

De volta ao football
As primeiras cadeiras que apareceram nos nossos campos de futebol chamavam-se lugares cativos. Um luxo para uns poucos, normalmente circunscrito a uma zona reduzida da bancada central e que garantia ao associado aderente o domínio soberano sobre cerca de 40 centímetros de estádio. Aquele espaço era dele, quero dizer, do rabo dele, estava numerado e devidamente identificado, era intransmissível e motivo de muita discussão e alguns cachaços por causa das ocupações selvagens.
A cadeira de plástico era paga por cada um por cima da quota normal de sócio de bancada e por isso, por uma questão de poupança, ninguém se atrevia a arrancá-la para a atirar à cabeça do árbitro ou dos adeptos da outra equipa. Bons tempos...
Mas os portuguesíssimos lugares cativos, assim chamados, acabaram. Agora há o Dragon Seat, o Red Pass e a Gamebox. Quê? Eu repito: o Dragon Seat, o Red Pass e a Gamebox. E isto é o quê? Manobra de marketing? Enfim a modernidade? Não, nada disso. São os nossos três grandes - FC Porto, Benfica e Sporting - a andarem às arrecuas. Realmente o futebol já foi em inglês, mas há muito que se naturalizou, traduziu-se. E no entanto parece que tornámos ao tempo dos backs, dos liners e do offside...

Chinesices
A minha fornecedora de electricidade é chinesa, a minha companhia de seguros é chinesa, a minha fornecedora de água é israelo-americana, o meu banco agora também é chinês, o carro da minha mulher é germano-checo, o nosso frigorífico é italiano, a minha máquina fotográfica é japonesa, a nossa televisão é sul-coreana, a minha cadeira é do IKEA, o meu telemóvel é finlandês, este computador é americano, os meus fósforos são suecos de marca portuguesa e produzidos no Brasil, o nosso filho é Frederico, o meu clube é o FC Porto, que se queixa, queixa, queixa de que os árbitros não lhe marcam os penáltis: depois recebe cinco penáltis para marcar - cinco! - e entrega três ao guarda-redes do Chaves...

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