quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Silvestre Péricles de Góis Monteiro 2

Das montanhas 

As montanhas que vês são rasgos de conquistas
- o arroubo mineral às alturas supremas.
Elas trazem no seio a centelha imprevista
da persistência ideal a refulgir em poemas.

E sempre as convulsiona o gênio imperialista
do domínio rochaz as ascensões extremas.
Daí, por elas só - armas que a força enrista -
a audácia dos vulcões, dos aludes, das gemas...

As montanhas - palor nevado, a espaços... longes
branqueamentos sem fim nas cristas milenárias:
a sombra dos heróis, dos mártires, dos monges...

E, ao vencer a distância, o mistério da morte,
ei-las dentro do sonho, altivas, legendárias,
ensinando a ser nobre, a ser grande, a ser forte!


Silvestre Péricles de Góis Monteiro 

(Silvestre Péricles de Góis Monteiro nasceu no dia 30 de Março 1896. Morreu em 1972.)

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