Das montanhas
As montanhas que vês são rasgos de conquistas
- o arroubo mineral às alturas supremas.
Elas trazem no seio a centelha imprevista
da persistência ideal a refulgir em poemas.
As montanhas que vês são rasgos de conquistas
- o arroubo mineral às alturas supremas.
Elas trazem no seio a centelha imprevista
da persistência ideal a refulgir em poemas.
E sempre as convulsiona o gênio imperialista
do domínio rochaz as ascensões extremas.
Daí, por elas só - armas que a força enrista -
a audácia dos vulcões, dos aludes, das gemas...
As montanhas - palor nevado, a espaços... longes
branqueamentos sem fim nas cristas milenárias:
a sombra dos heróis, dos mártires, dos monges...
E, ao vencer a distância, o mistério da morte,
ei-las dentro do sonho, altivas, legendárias,
ensinando a ser nobre, a ser grande, a ser forte!
Silvestre Péricles de Góis Monteiro
(Silvestre Péricles de Góis Monteiro nasceu no dia 30 de Março 1896. Morreu em 1972.)
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