domingo, 7 de junho de 2015

O Emplastro, usa-se e deita-se fora

Foto Hernâni Von Doellinger

As viagens de finalistas já não são o que eram, não há futebol que interesse na televisão (aquilo do Juventus-Barcelona é outra coisa), o país comove-se e revolta-se com um inesperado Jorge Jesus que praticamente paga para treinar o clube do seu coração (maravilhoso coração, maravilhoso) e com o salafrário Marco Silva, despedido por indecente e má figura, nomeada e objectivamente por ter vestido um fato de treino com o emblema do Sporting, o que é pior do que chamar pai à mãe...
Fernando Alves. O Emplastro que, segundo o Expresso em 2008, foi contratado pelas agências turísticas para acompanhar os passeios de mais de 15 mil finalistas universitários a Espanha. Quinze mil doutores, em dinheiro de hoje em dia. O extraordinário Emplastro que até foi ao Herman SIC e teve direito a dentes novos.
O campeonato acabou, e acabou bem, a bem da Nação, estamos no defeso, já não há directos TV para o nosso Fernando brilhar, já ninguém quer saber se o Fernando é filho do Pinto da Costa ou do Filipe Vieira, ou pai do Bruno de Carvalho, e então o que é que se passa? Isto: o Emplastro montou base à porta de um restaurante de Matosinhos, não sei se convidado ou somente tolerado pela gerência, e abrilhanta, à saída, copos de brutos, hic!, quero dizer fotos de grupos, gente bem. Nos intervalos das suas pertinentes intervenções (faz cara de Emplastro, só lhe pedem isso), o Fernando deita-se na soleira da porta ao lado e então faz papel de famélico de Calcutá, o que lhe fica um bocado mal, estando ele gordo como um chino. E pede, se vê uma máquina fotográfica, "Uma moedinha, é para comer, é para comer" - o número do costume. Não sei quem é que actualmente lhe está a cuidar da imagem, mas há ali qualquer coisa que não bate certo. Eu sei, já disse, é o defeso, mas isso não explica tudo.
O Fernando fez-se Emplastro a pulso, porque não é tolo nenhum - ao contrário do que muitas pessoas possam pensar -, mas também deu jeito a certas e determinadas televisões que ele fosse assim. E aos jornais. E às revistas. Pois se até o "entrevistavam"! Por outro lado, também já mete nojo, não é?
Posso dar um palpite? Posso e é o seguinte: ninguém vai querer saber do Emplastro, quando o Fernando estiver na soleira e for a sério (à séria, se lido em Lisboa).

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