segunda-feira, 12 de maio de 2014

E se os sogros fossem... dar uma volta

E aquela mania dos sogros escolherem o sexo dos filhos dos filhos? "Ai, não, nós queríamos uma menina, mas os pais dela querem um menino, não sabemos como vai ser se for menino, mas nós era menina, menina". Afino, fico piurso.
São estes tempos: já que pagam, os sogros acham que têm direito. Não querem gato por lebre. É menino, é menino; é menina, é menina. O resto é incompetência, competentemente penalizada em testamento a haver.
Ora, eu sempre defendi (e não sei se isto vai soar bem) que cada um deve fazer filhos com a sua própria pila. Portanto, nestas ocasiões eu costumo dizer "Então os sogros que os façam", aos meninos e às meninas, e que deixem a Natureza correr e a rapaziada em paz. "Que os façam, e por catálogo".
Foi o que eu disse ontem à noite a uns queridos vizinhos, avós de fresco, à porta do elevador. Contaram-nos a novidade, estavam orgulhosos, felizes porque lhes saiu a menina em que apostaram, para desgosto dos outros, que faziam figas por um menino. E eu saí-me com a rábula do costume, "Então os outros que o façam", a ironia não foi muito bem compreendida e se calhar perdi os únicos condóminos que me falavam.

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