terça-feira, 26 de novembro de 2013

Os amigos do Pina

Os amigos de Manuel António Pina fundaram o Clube dos Amigos à Espera do Pina. Outros amigos de Manuel António Pina fundaram o Círculo Literário e Artístico Manuel António Pina. Sinceramente acho que o Pina não merecia tanto. Quero dizer: não merecia tanta vaidade e inveja, tanta sede de aparecer. O Pina de certeza que não sabia que tinha tantos amigos. Que fartura! Duas-colectividades-duas em nome do Pina, no Porto que ainda outro dia deixou morrer a Fundação Eugénio de Andrade.
Mas o Pina é grande. Chega para todos: para os compinchas de verdade e para os simpatizantes, curiosos, atrevidos e outros aproveitadores. Eu sou um simples admirador de Manuel António Pina, só lhe conhecia a voz da televisão e da rádio, e parece que o estou a ouvir dizer: - Sirvam-se.

2 comentários:

  1. Não falta quem se queira aproveitar do nome de ANTÓNIO PINA, um homem, que em vida, nunca gostou destas coisas.
    G.J.

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  2. Numa crónica publicada no Jornal de Notícias, Manuel António Pina disse, a propósito de Miguel Portas, que “morreu um homem justo”. Tinha razão.

    “(…) Num momento em que o país mais precisa de homens lúcidos e livres, um desaparecimento que justificaria que se dissesse que ficámos, se possível, ainda mais pobres, não se tivesse tornado tal expressão um cliché frustre sem réstia de literalidade”, escreveu Manuel António Pina.

    Quando fala de “um homem justo”, estaria Manuel António Pina a pensar no que Miguel Portas disse ao Correio da Manhã em Fevereiro de 2009? E o que ele disse foi: "Estou preocupado com este despedimento colectivo (Jornal de Notícias) porque é um dos principais jornais do País e que dá importância à pequena informação local, sobretudo a norte"?

    Quando fala de “um homem justo”, estaria Manuel António Pina a pensar que foi Miguel Portas quem disse que os despedimentos na comunicação social "põem em causa a pluralidade da informação e fomentam a precariedade"?

    Quando fala de “um homem justo”, estaria Manuel António Pina a pensar que foi Miguel Portas quem disse que "quando um grande grupo de comunicação social, como é a Controlinveste, despede centenas de trabalhadores, gera o factor medo nos outros que ficam condicionados, com receio de serem também despedidos"?

    Fica a dúvida e a certeza de que há dúvidas que não se escrevem, sobretudo quando envolvem os que põem lagosta em pratos que outrora só tinham sardinhas…

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