terça-feira, 22 de maio de 2012

Na passagem do primeiro meio aniversário

22 de Novembro de 2011. Cinco dias depois da bronca, o procurador-geral da República ordenou um "inquérito urgente" para apurar responsabilidades na fuga de informação no caso das detenções de Duarte Lima e do seu filho. Pinto Monteiro disse ao País que queria descobrir a fonte interna que avisou a SIC e colocou os jornalistas à porta da casa de Pedro Lima antes mesmo da chegada dos inspectores da Polícia Judiciária. "É uma vergonha para a justiça em Portugal a maneira como as buscas se fizeram, com uma publicidade mediática tremenda” e com a comunicação social no local das diligências antes de estas começarem, declarou então o PGR, avisando, no entanto, serem "raros" os inquéritos desta natureza que produzem resultados.
Entretanto, Duarte Lima foi ouvido pelo juiz, ficou preso preventivamente, teve tempo para pensar na vida, pôs a boca no trombone mas tocou piano, denunciou três ou quatro dos seus comparsas, modestos operacionais, pôs os amigos da alta-roda a não lhes caber um feijão no cu e, por ter sido bom rapaz, mandaram-no para casa com uma pulseira electrónica. Ah!, e Emídio Rangel, fundador da TSF e da SIC, foi condenado em tribunal por acusar juízes e magistrados do Ministério Público de passarem aos jornalistas informação em segredo de justiça. "Nos cafés, às escâncaras".
22 de Maio de 2012. O inquérito do Senhor Procurador-Geral faz hoje seis meses. O "inquérito urgente". Já se sabe alguma coisa? O que é que se descobriu? Se calhar, nada. Realmente é raro os inquéritos desta natureza produzirem resultados. Pinto Monteiro avisou logo.

2 comentários:

  1. Uiiiiii que medo... um criminoso/ladrão aqui...?
    Livra, vou fugir e é já.
    Desculpa Amigo Hernâni.
    Gaspar de Jesus

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